“Associations of physical activity and depression: Results from the Irish Longitudinal Study on Ageing”

02/02/2022

A depressão é um transtorno mental caracterizado por tristeza profunda persistente e aversão a atividades. Esta pode afetar os pensamentos, comportamentos, sentimentos e o bem-estar de uma pessoa. A patologia é reconhecida pela Organização Mundial de Saúde como um dos maiores contribuintes para a gravidade global da doença, afectando mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo. Entre a população mais idosa, a depressão está associada ao aumento do risco de fragilidade, morbilidade, suicídio e diminuição do funcionamento físico, social e cognitivo. Como os serviços de saúde continuam num processo de adaptação a uma população europeia cada vez mais envelhecida, torna-se fundamental realizar investigações sobre a promoção da saúde e prevenção de doença nestas populações. 

A atividade física tem um papel preponderante na prevenção e tratamento da depressão, mas poucos estudos averiguaram se o volume e intensidade poderão afetar os benefícios da mesma. Como tal, o presente estudo visa investigar associações transversais e prospectivas entre diferentes volumes de atividade física (moderada a vigorosa) e de marcha, bem como, sintomas e estado depressivo. 

Para esta investigação foram selecionados 4556 indivíduos (56,7% do sexo feminino) através de questionários, assumindo que participantes que relatem-se depressão seriam excluídos. O parâmetro atividade física foi medido através do questionário IPAQ-SF (Craig et al., 2003), suprimindo indivíduos "demasiado ativos". Por fim, foram tidas em conta as variáveis: idade, circunferência da cintura, classe social, estatuto de fumador e a referência a determinadas doenças pelo médico. 

Na análise dos resultados verificou-se que, os adultos mais velhos que cumpriram as directrizes de atividade física tinham menos 40% de probabilidade de relatar depressão concomitante e 23% menos probabilidade de desenvolver depressão dois anos mais tarde. Contudo, e apesar dos benefícios relatados, aproximadamente 50% dos adultos mais velhos na Europa não cumprem as directrizes de atividade física (Hallal et al., 2012). 

Em suma, esta investigação apoia pesquisas anteriores sobre os benefícios da atividade física na depressão. Acrescentado que, o cumprimento dos níveis de atividade física propostos pela OMS podem ser indicados a fim de prevenir o início da depressão e não foram detetados quaisquer benefícios adicionais aparentes para doses superiores de atividade física.


C.P. McDowella , R.K. Dishmanb , M. Hallgrenc , C. MacDonnchaa,d , M.P. Herringa,d 

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