“Maximal intended velocity training induces greater gains in bench press performance than deliberately slower half-velocity training”

16/02/2022

A configuração de treinos de resistência tem sido, tradicionalmente, associada a uma combinação de variáveis, tais como: tipo e ordem dos exercícios, carga, número de repetições e séries, tempo de repouso e velocidade de movimento (cadência).

O VBT (Velocity-Based-Training) é um técnica inovadora de monitorização de treino que, através da velocidade de movimento, permite-nos controlar a carga de treino fornecendo um feedback objetivo e instantâneo. A grande vantagem desta técnica relativamente ao modelo FITTVP (frequência, intensidade, tempo, tipo, volume e progressão) assenta na perceção imediata da fadiga, que se instala em resposta a diferentes esquemas de treino de resistência. Usualmente o que se observa é uma diminuição na velocidade e potência por repetição.

Assente na importância da velocidade do movimento, o objetivo desta investigação foi comparar o efeito no incremento de força de dois programas de treino de resistência isoinercial (RT) que apenas diferiam na velocidade concêntrica real: velocidade máxima (MaxV) versus velocidade semimáxima (HalfV).

A amostra era constituída por 20 estudantes de Ciências do Desporto, do sexo masculino, com idade 21.9 ± 2.9 anos, fisicamente ativos e com dois a quatro anos de experiência em treino de força. Esta foi dividida em dois grupos de trabalho, um grupo MaxV (n = 9) e um grupo HalfV (n = 11). Todos os participantes treinaram três vezes por semana durante seis semanas utilizando o supino (bench press). A velocidade de repetição foi controlada utilizando um transdutor de velocidade linear. Por fim, a % de 1 RM foi determinada pela velocidade da primeira repetição executada: 0.79 m·s−1 (∼60%RM), 0.70 m·s−1 (∼65% RM), 0.62 m·s−1 (∼70%RM), 0.55 m·s−1 (∼75% RM), 0.47 m·s−1 (∼80%RM).

Tal como já foi referido, cada um dos grupos trabalhou a diferentes velocidades para que, ao fim de seis semanas, conseguíssemos avaliar a influência e importância da velocidade no treino de resistência.

Analisando os resultados apresentados, ultimamos que, apesar de ambos os grupos terem melhorado o desempenho de força do pré ao pós protocolo treino, o grupo MaxV teve ganhos significativamente superiores comparativamente ao grupo HalfV, em todas as variáveis em análise: força de repetição máxima (1RM) (18.2% vs. 9,7%), velocidade desenvolvida contra todas as cargas (20,8 vs. 10%), leves (11,5 vs. 4,5%) e pesadas (36,2 vs. 17,3%).

Desta forma, aferimos que, os ganhos de força podem ser otimizados quando realizados na velocidade máxima. Acrescentamos ainda que, a velocidade é uma técnica de bastante relevância na monitorização de treino.


Juan J. González-Badillo, Mário C. Marques, Luis Sánchez-Medina

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