“Sarcopenia e Envelhecimento”

03/03/2022

O envelhecimento é o processo ou grupo de processos que ocorrem em organismos vivos que, com a passagem do tempo, motivam a perda de adaptabilidade, a diminuição funcional e, eventualmente, a morte. A sarcopenia é o resultado disso mesmo, representando a perda de massa muscular esquelética. O seu desenvolvimento é multifatorial incluindo alterações hormonais, perda de neurónios motores, nutrição inadequada, inatividade física e baixo grau de inflamação crónica. Apesar disto, estas alterações tem sido verificadas mesmo em indivíduos saudáveis, resultando em perdas de massa muscular de 1 a 2% por ano, a partir dos 50 anos.

O objetivo deste estudo foi avaliar a força muscular no processo de envelhecimento e identificar as variações entre os músculos do abdómen, membros superiores e inferiores.

A amostra era constituída por 48 indivíduos, divididos em quatro grupos de doze participantes (seis homens e seis mulheres). Os grupos foram definidos por faixas etárias sendo que, G1 inclui participantes dos 11 aos 18 anos, o G2 dos 20 aos 26 anos, o G3 dos 45 aos 60 e, por fim o G4 dos 66 aos 82 anos. Nos critérios de exclusão foram incluídos os seguintes parâmetros: praticar atividade física mais de três vezes por semana, artrose severa, défice cognitivo, obesidade, participantes que já sofreram acidentes vasculares cerebrais, fazer uso de próteses nos membros inferiores ou tenham sofrido alguma fatura, com ou sem implantes metálicos.

Para a avaliação da força muscular foram utilizados: o esfigmomanômetro BD - para análise da força de flexores e extensores de joelho; o dinamóetro Jamar- para avaliar a integridade funcional dos membros superiores; e o dinamômetro Preston Pinch Gauge- para avaliação de pinça das mãos.

Consequente da análise dos resultados desta investigação observámos que, existe um incremento da força muscular dos membros inferiores e superiores com o avançar da idade (G1, G2 e G3) e uma significativa diminuição da força muscular em todos os segmentos avaliados no G4 quando comparado com o G3.

Para além disto, na literatura Deschenes e Kauffman citam que, após a quinta década de vida, a taxa de progressão de redução da força ronda os 8% e 15% por década, e tanto homens como mulheres exibem o mesmo padrão de diminuição da força durante o envelhecimento.

Em suma, a investigação sugere-nos que a diminuição da força muscular torna-se evidente a partir da sexta década de vida, e que tal diminuição apresenta variações entre os músculos do abdómen, membros superiores e inferiores.

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